O artesanato entrou na vida de Delta Sueli dos Santos quando ela ainda era criança e até hoje faz parte de seu dia a dia. Delta aprendeu a ser artesã com a mãe, mas, como sempre gostou do ofício, inovou em sua atividade.
Há 11 anos, Delta iniciou um trabalho ligado à fibra da bananeira por tratar-se de algo diferente e, ao mesmo tempo, sustentável. “Comecei criando bolsas, porém, com o passar do tempo, percebi que era possível fazer calçados e qualquer acessório”, conta a moradora de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo (SP).
Ao constatar o quanto sua ideia era viável, Delta investiu na nova técnica e criou artigos feitos com itens da natureza. “Para criar os produtos, também uso sementes, escamas de peixe e pedras brasileiras semipreciosas”, detalha.
Cintos e sandálias já fazem parte da coleção, porém, a artesã está desenvolvendo um tecido produzido com a fibra da bananeira, que não causa alergia e é bastante resistente.
Hoje a empresária produz 30 pares de calçados por mês, mas a meta é chegar a 100 pares até o fim do ano. Sua situação melhorou bastante depois de se tornar microempresária individual e criar a Bananabrazil Art Natural. Agora, além de estar regularizada, recebe toda a assessoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Agora a empresária consegue participar das feiras do setor, além de firmar parcerias. “Os negócios melhoraram 50% após eu ingressar no MEI”, diz.
Grande parte dos calçados é vendida a pessoas físicas, entretanto, já existe uma loja no bairro paulistano do Sumaré que comercializa suas peças. Tão logo ela consiga aumentar a produção, países como Suíça, Alemanha e Estados Unidos poderão passar a receber os produtos da Bananabrazil.
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